"Cada um vive como quer" diz o filme do velho Nicholson, bem ali, escancarado na prateleira da locadora, mostrando uma face surrada pelo trabalho, mas muito reflexiva. Eu a loco, quero saber exatamente do que se trata, afinal, conta com Jack Nicholson e Karen Black, que estão em Sem Destino. Nicholson é um exímio pianista, que larga tudo, inclusive a casa de seu pai, para viver vagando em empregos medíocres e mulheres quaisquer que o queiram (a do momento é Karen Black), e quando a coisa aperta, ele simplesmente larga tudo e vai procurar outra vida.
É, amiguinho, parece ser a atitude de um covarde, mas para mim, parece ser atitude de um homem livre, que não liga para o que os outros sentem se apenas sua ausência os magoa. Um homem que não quer as suas perspectivas, que aceitou a vaga de espectador, enquanto deleita-se quando quer do máximo e único prazer que um homem necessita: os avanços perfumados de uma linda mulher.
É claro que o filme deixa subentendido que ele procura por algo que nem mesmo descobriu ainda o que é, mas isto não importa. O que importa é que eu pareço um babaca comparando minha vida "terceiromundana" com a vida de um personagem de cinema setentista. Deveria me contentar em trabalhar dez horas por dia, estudar quatro, correr de assaltante e ainda consumir o resto de comida que não conseguem exportar?
Ou deveria procurar a nova versão de liberdade que está tão em voga entre os jovens da atualidade? Ecstasy, maconha e um homossexualismo vigente entre a elite que se vê copiada e acompanhada de perto pelos fãs pobretões que trabalham a semana inteira por uma pitada de coca, e uma calça da gang...
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